quarta-feira, 22 de julho de 2009

Como conduzir a música no Grupo de Oração

Em meio aos trabalhos Ministeriais e Encontros de formação, sempre nos deparamos com inúmeras perguntas de como Ministrar e conduzir os Cantos de forma adequada, em um Grupo de Oração, como escolhermos os cantos apropriados, qual a postura do Músico, que de forma devemos nos apresentar (aparência, linguagem), e em face disso resolvi lhes partilhar em várias etapas sobre o tema.

Para iniciarmos iremos começar com o Tema de como Ministrar e conduzir os Cantos de forma adequada, em um Grupo de Oração, acompanhando parcialmente do precioso material que está descrito no Livro “Passos de Crescimento para Grupos de Oração” escrito pelo nosso irmão Silvio Afonso de Almeida – Fundador da Comunidade Espaço Vida silvioafonso@espaçovida.com, que atualmente é responsável pela Formação da RCC Arquidiocesana de São Paulo, e iremos partilhando de forma crescente sobre os diversos tópicos que o tema abrange.

Vejamos o que o Silvio nos relata em seu Livro:

“Uma das coisas que caracterizam nossa evangelização é a alegria do nosso louvor que resulta da união da arte com a unção. Essa harmonia tem um efeito que liberta nossa alma e a faz desejar o céu que é o trono de Deus de onde emana todo o louvor. Essa experiência faz dos nossos grupos verdadeiros templos de adoração; e a conversão das pessoas em cristãos verdadeiros depende muito da qualidade desse Serviço. Por isso é importante definir o comportamento da Equipe de música que é quem mais proporciona alegria ao Grupo de Oração, mas pode gerar alguns problemas.

Apesar do Grupo de Oração se a célula fundamental da RCC, existem nela ainda outras muitas e diversas formas de evangelização. Para falar de música precisamos olhar por um prisma mais amplo, a fim de entender alguns comportamentos das equipes de música dentro do Grupo de Oração.

É muito oportuno destacar aqui que há uma enorme diferença entre o Grupo de Oração e tantas outras expressões de evangelização da RCC, como cenáculos, discotecas cristãs, tardes de louvor, retiros. Sem o Grupo de Oração tudo isso não teria razão de existir, porque são gerados em função dele e necessitam dele para colher seus frutos. Portanto o Grupo de Oração é algo especial e inconfundível, sua realização é muito específica e possui critérios próprios para alcançar seus objetivos. Quando isso não é entendido e tenta-se fazer do Grupo de Oração uma outra coisa, que ele não é, começam os conflitos. Por isso os músicos precisam se adequar a natureza própria do Grupo de Oração.

Em um show, as músicas são ensaiadas onde é feito um cronograma da apresentação com uma quantidade certa de músicas dentro de um determinado espaço de tempo. No Grupo de Oração isso não existe.

Numa discoteca cristã são tocadas as músicas do momento, a animação é geral, o clima é eufórico, e no Grupo de Oração isso também muda um pouco. Num retiro, ou numa tarde de louvor, os músicos podem fazer de tudo: conduzir a oração, pregar, animar o povo e cantar, mas no Grupo de Oração as coisas são um pouco diferentes!

É Estranho mas acontece! O Ministério de música ensaia o repertório e se prepara para cantar bem direitinho, investe tempo nisso, trabalha muito e até se desgasta para apresentar uma música de qualidade no Grupo de Oração. No entanto durante o louvor, alguém pega o microfone para conduzir a oração e pensa que sabe cantar, pega no microfone e estraga a harmonia da música desperdiçando o esforço dos músicos que ensaiaram tanto.

Todo músico sabe o quanto isso é desagradável.

Mas é estranho também quando o músico quer fazer a parte de quem está conduzindo; ...

... a Harmonia dos dons só acontece quando há por parte de todos a devida noção de sua atuação dentro de todo o conjunto;

A função dos músicos no Grupo de Oração não tem caráter de autoridade e nem de direcionamento, mas isso não pode ser um problema, pois se não fosse assim os músicos não seriam submissos a ninguém e não cresceriam na obediência.

O Grupo de Oração possui liderança e coordenação e essa liderança é a referência de todos os outros serviços, mas isso não deve ser motivo para nenhum coordenador exercer domínio sobre as pessoas e não há espaço na obra de Deus para pessoas autoritárias e centralizadoras. Jesus tinha toda autoridade sobre seus discípulos, mas eles não o seguiam por medo de sua autoridade, e sim por amor e admiração por sua Pessoa. Ele conduzia os discípulos, mas não realizava no lugar deles, enviava-os para fazerem coisas em seu nome confiando em sua capacidade, mesmo que depois tivesse que corrigi-los em alguma coisa. Assim deve ser o coordenador, a referência de todos, mas não um opressor de seus irmãos.

Dentro do Grupo de Oração, o músico não deve conduzir a oração, mas aplicar o seu dom na medida em que a condução da oração se desenvolve. Isso é mais rico e mais virtuosos do que fazer tudo sozinho como cantar, tocar e conduzir, além de proporcionar a harmonização dos carismas. Do contrário alguém será anulado para que outros se destaquem mais. Muitas vezes o coordenador deixa de fazer sua parte e os músicos precisam preencher buracos, mas isso deve ser tratado como anormal.

Mesmo quando se ensaiam as músicas, elas precisam estar à disposição do Senhor que realizará uma obra nova na vida das pessoas ali presentes. Infelizmente uma grande parte dos músicos acha que deve apresentar todas as músicas ensaiadas e se enfurece se não lhes der espaço para isso. Infelizmente, muitos coordenadores estão simplesmente conformados com essa atitude dentro dos Grupos de Oração, porque sabem que senão derem espaço, o grupo se transforma num local cheio de intrigas. E o povo sofre!

Sabemos que os grupos de música em geral possuem coordenação própria, mas dentro do Grupo de Oração isso não se aplica. A única coordenação de um Grupo de Oração é o seu próprio coordenador, e, se não for assim, acaba existindo uma estrutura dentro da outra e, quando isso acontece, problemas dentro da Equipe de música, (pode) ocasionar desfalques sérios no Grupo de Oração sem que isso tenha, necessariamente, alguma ligação direta com ele. Para evitar tal problema é bom que o coordenador da música esteja em plena sintonia com a coordenação do Grupo de Oração.

O Músico deve evitar fazer introduções às músicas, pois isso acaba desviando da direção dada pelo coordenador. Embora isso seja mais comum em músicos inexperientes, todos precisam estar atentos para não cometer isso no Grupo de Oração, pois pode dar a impressão de que um não está concordando com o outro.

Durante o Grupo de Oração não há um espaço para os músicos ou para qualquer outro serviço específico se destacar! Grupo de Oração é uma coisa só. Todos formam uma única obra de evangelização, portanto, é importante e valoriza muito quando cada um assume a sua parte, e , no entanto realizando juntos, harmonizando os Carismas”
(Fonte: Passos de Crescimento para Grupos de Oração – Silvio Afonso)

Percebemos então que o Ministro de Música que exerce um Ministério (serviço), deve estar dócil ao Espírito Santo, e totalmente em unidade com o Coordenador de seu Grupo de Oração, que será o condutor e direcionador dos diversos Dons que se manifestam em todos os demais Ministérios dentro do Grupo de Oração, e com isso todos recebemos as Graças que o Senhor Jesus nos proporciona a cada Grupo de Oração.

Em nosso próximo tema trataremos do Tema de como Ministrar harmoniosamente os cantos dentro de um Grupo de Oração.

CARLOS CABRAL - cabralcarlos@terra.com.br
Servo Ministério das Artes RCC Arquidiocese São Paulo

- Grupo de Oração Jesus e Maria (3 a. Feira) Par.Sta. Marina Virgem - Av. Guilherme Giorgi – Vila Carrão – Região Belém

- Grupo de Oração Mensageiros do Amor (5 a. Feira ) Par. Sto. Antonio de Lisboa – Rua Antonio de Barros, – Tatuapé – Região Belém